quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Empregos e Cursos de Qualificação

Mais um projeto desenvolvido com sucesso.
Nesta quarta feira dia 28 de setembro de 2011 o CEJA – universitário e o SETRAB fizeram para os alunos da Unidade Escolar e comunidade cadastramentos e inscrições para cursos de qualificação promovidos pela Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda (Setrab). As aulas começam em outubro e são oferecidas varias vagas para os cursos de Técnica em vendas, Administração de estoque, Administração de pessoal, Qualidade no atendimento, Auxiliar administrativo, Informática básica, Informática avançada, Manutenção em computadores, Telemarketing, Telecomunicações, Recepcionista e telefonista, Pedreiro de edificações, Pedreiro de acabamento, Instalador de gesso, Cerimonial de eventos e Padeiro e confeiteiro, Libras, sendo que algumas delas foram fornecidas para os beneficiados do Programa Federal Minha Casa Minha Vida.
Os cursos possuem vagas nos três turnos (matutino, vespertino e noturno). Apenas os que formam Pedreiro de edificações, Pedreiro de acabamento, Instalador de gesso e Padeiro e confeiteiro não possuem vagas no período noturno.
A duração de cada curso é de 20 dias. As aulas serão ministradas de segunda a sexta, sendo 4 horas/dia, nas salas da Faculdade Delta (próximo ao Terminal das Bandeiras) ou no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai – Setor Universitário), dependendo do curso e do horário escolhido.
Qualquer pessoa pode participar, desde que tenha no mínimo 16 anos para o curso de informática básica, e no mínimo 18 anos para os demais cursos. Os cursos são gratuitos e os alunos receberão vale-transporte e lanche como ajuda de custo para frequentar as aulas.
Foram encaminhados cerca de 50 cartas de apresentação para alunos ao trabalho, 40 Carteiras de Trabalho e foram cadastrados mais de 300 alunos no SINE, que aguardarão as vagas solicitadas pelos estudantes.
Os funcionários do SETRAB juntamente com a coordenadora Professora Matilde, permaneceram na Unidade Escolar nos turnos Matutino e Vespertino e fizeram um excelente trabalho para a comunidade escolar.
Tudo aconteceu sem onus algum para o aluno.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PACTO PELA EDUCAÇÃO DE GOIAS.

A necessidade de mudança
O Estado de Goiás vem apresentando, ao longo dos anos, importantes avanços na educação, evidenciando o potencial e a aptidão que o estado tem para oferecer um ensino de qualidade às crianças e aos jovens. O que se vê, no entanto, é que, apesar desse potencial, a educação pública goiana ainda apresenta carências no que se refere ao aprendizado dos alunos.
Isso pode ser verificado, por exemplo, pelo ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o principal indicador de qualidade do ensino no Brasil. Nos anos iniciais, de 1º ao 5º ano, Goiás caiu, em comparação com outros estados, da 7ª posição em 2005 (3,91) para a 8ª posição em 2007 (4,27), que manteve em 2009 (4,90). Nos anos finais, de 6º ao 9º ano, caiu de 10º lugar em 2005 (3,29) para 13º em 2007 (3,45) e para o 15º em 2009 (3,59). No ensino médio, também caiu da 13ª posição em 2005 (2,86) para a 16ª em 2007 (2,82) mantendo-se nessa posição em 2009, com 3,07.
Um dos fatores que contribuem para o baixo desempenho é a alta taxa de abandono dos alunos ao longo da educação básica. A cada 100 alunos matriculados no início do ensino médio, 27 abandonam os estudos. Para alterar essa realidade, é preciso tornar o ensino mais atrativo e de melhor qualidade. Já nos anos finais do ensino fundamental, 21 estudantes em cada 100 abandonam a sala de aula.
Relatório divulgado pelo movimento Todos pela Educação mostra outra situação preocupante. Apenas 27% dos alunos que terminam o ensino médio alcançam o aprendizado adequado em Língua Portuguesa. Em Matemática, essa taxa é de apenas 8,9%. Ou seja, ao fim de 12 anos de estudos, 91 em cada 100 estudantes não conseguiram aprender o básico em Matemática.
Esses dados indicam que as mudanças são, além de necessárias, urgentes. A hora de mudar é agora. A Secretaria da Educação está convicta de que com essa ampla reforma será possível dotar o sistema educacional na rede pública estadual de mecanismos seguros para ampliar as chances de aprendizado e de sucesso dos alunos.
Onde podemos chegar: Educação de Referência
Para que o sistema educacional seja fortalecido e possibilite ao aluno o aprendizado adequado, no tempo certo, é necessário promover melhorias em todas as suas instâncias. As diretrizes para a reforma educacional são abrangentes e contemplam, nos cinco pilares, a infraestrutura das escolas, a formação e a valorização dos professores e demais servidores e as práticas pedagógicas na rede estadual.
Tudo isso será desenvolvido dentro de um criterioso processo de avaliação e acompanhamento, estímulo e reconhecimento ao mérito em todas as instâncias. Por isso, e por todas as inovações que traz, o plano de reforma pode ser considerado um modelo completo e de resultados que deverá se tornar referência para o país.
Pilares da reforma educacional
O conjunto de iniciativas tem foco no aprendizado dos alunos e busca de forma definitiva mudar o futuro da nova geração de goianos. Foi estruturado em cinco pilares que contemplam os principais aspectos da educação escolar em 25 metas.
A - Valorizar e fortalecer o profissional da educação
O primeiro passo da reforma educacional deve tratar do seu principal agente de transformação: o profissional da educação. A qualidade da nossa rede sempre estará ligada à qualidade dos professores, diretores e demais agentes. Para isso, são apresentadas políticas concretas de valorização e fortalecimento da nossa força de trabalho.
O que já foi feito
Os primeiros passos deste pilar já foram dados, aproveitando o importante momento de eleições escolares. Em uma ação inédita, a política de escolha dos candidatos a gestores escolares trouxe mudanças importantes:
I) os candidatos a diretor de escola passaram por um curso preparatório, seguido por uma avaliação;
II) os aprovados na avaliação elaboraram um plano educacional para as unidades escolares, permitindo com que a comunidade tivesse mais embasamento para as eleições;
III) os diretores eleitos passarão por um curso de pós-graduação em gestão escolar;
IV) foi dado aumento de 45% nas gratificações destes diretores, garantindo uma maior atratividade para esta importante função. Este foi um exemplo das ações da Secretaria de Educação para a valorização dos profissionais da rede.
Conheça os cinco pilares:
A - Valorizar e fortalecer o profissional da educação
1. Valorização da carreira do profissional da educação
- Pagamento do piso: buscar parcerias com o governo federal e racionalizar os gastos para pagamento do piso e aumento na remuneração média dos professores.
- Carreiras na rede: criar carreiras atrativas para os professores dentro da rede estadual, focando em três principais caminhos: a docência, a especialização pedagógica e o caminho de liderança, garantindo a contratação de profissionais especializados para as áreas administrativa, técnica e financeira.
- Estágio probatório: reestruturar o estágio probatório para permitir avaliações mais profundas e aperfeiçoamento dos professores em práticas de ensino.
- Crescimento: rever os mecanismos de promoção de forma a torná-los mais objetivos e meritocráticos.
2. Escola de Formação de Professores
- Formação prática: realizar formações baseadas nas principais dificuldades dos professores e alunos da rede, identificadas por meio do Sistema de Avaliação do Estado de Goiás.
- Métodos inovadores: utilizar metodologias inovadoras e práticas, como estudos de caso, coaching e residência.
- Certificação e regulamentação: certificar profissionais da rede estadual e de outras redes, além de regular os cursos externos que serão aceitos como oficiais para a Secretaria.
3. Academia de lideranças
- Perfil do líder educacional: mapear as competências necessárias aos líderes educacionais e identificar talentos nas unidades escolares.
- Métodos inovadores: utilizar metodologias inovadoras para a formação dos líderes, baseadas em estudos de caso, coaching e residência. No último caso, diretores com dificuldades em certas áreas passarão a acompanhar referências, desenvolvendo suas lacunas.
- Certificação: certificar candidatos e profissionais já ocupando posições de liderança na rede de ensino.
4. Residência Educacional
- Escolas de residência educacional: estabelecer unidades escolares de residência, identificando escolas de referência que servirão de modelo para o processo de aprendizagem dos novos professores.
- Residência no estágio: possibilitar a passagem pelo programa de residência como requisito no estágio probatório.
- Tutoria aos alunos: estruturar modelo de residência em que os novos professores acompanhem professores-referência, enquanto, gradualmente, fornecem instruções aos alunos.
B - Adotar práticas de ensino de alto impacto no aprendizado do aluno
No início de 2011, foram identificadas distorções no campo pedagógico que dificultavam o processo de ensino-aprendizagem na sala de aula. Havia carência nas áreas básicas do conhecimento. Foram encontradas mais de mil componentes curriculares diferentes, dos mais variados tipos e escopos, enquanto a proficiência dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática, disciplinas que são base para as demais áreas do conhecimento, era insatisfatória. Para que seja resgatado o espaço escolar como o lugar onde ocorrem aprendizagens significativas, faz-se necessário rever o perfil burocrático presente em muitos cargos e atividades realizadas, pois as mesmas dificultam uma atuação pedagógica plena. Algumas iniciativas de anos anteriores haviam sido implementadas neste intuito de mudança e foram aprofundadas nesta reforma.
O que já foi feito
A Secretaria de Educação, entendendo a prioridade pedagógica, buscou fortalecer e reconhecer o coordenador pedagógico, profissional imprescindível neste processo. Responsável pela coordenação dos trabalhos pedagógicos nas escolas, ele teve seu papel redefinido. A carga horária desses profissionais foi reconfigurada de 30 horas para 40 horas e nela foi inserida uma jornada de formação continuada. Este foi o primeiro passo para direcionar o foco de toda a secretaria nas atividades que mais influenciam o processo de ensino-aprendizagem.
O que a reforma propõe
5. Aprofundamento do Currículo
- Currículo mínimo: construir um currículo base, a partir da reorientação curricular já realizada em anos anteriores, com a participação de especialistas e de professores da rede estadual.
- Materiais didáticos: estruturar materiais de apoio aos professores organizados de acordo com o currículo, oferecendo bancos de aulas e de exercícios a título de sugestões aos docentes interessados.
6. Tutoria Pedagógica
- Coaching pedagógico: estruturar equipe de tutores nas regionais para a capacitação dos coordenadores pedagógicos em forma de coaching, acompanhando os trabalhos do dia a dia nas escolas.
- Foco nas regionais: reorganizar a estrutura das subsecretarias de forma a estabelecer o foco na área pedagógica.
- Suporte a professores: oferecer apoio aos professores com maior dificuldade por intermédio dos tutores pedagógicos.
7. Educação em tempo integral
- Desenvolver as escolas em tempo integral: melhorar a qualidade das unidades escolares de tempo integral existentes, investindo em gestão, políticas pedagógicas e infra-estrutura.
- Aluno em tempo integral: ampliar o conceito de aluno em tempo integral, buscando parcerias fora do espaço físico das escolas, como escolas de idioma, cursos de informática e ensino técnico.
8. Novo Ensino Médio
- Parcerias: O objetivo desta iniciativa é propor um novo modelo para o ensino médio goiano, de forma a garantir um maior aprendizado e menor abandono dos alunos. Investir em programas especiais para o ensino médio.
- Ensino profissionalizante: estabelecer parcerias com a Secretaria de Ciência e Tecnologia para o oferecimento de ensino profissionalizante de modo concomitante ao ensino médio regular, dando mais oportunidades aos estudantes desta etapa de ensino.
- Seminários: realizar um ciclo de debates e seminários com a rede de ensino e toda a sociedade, para discutir o papel do ensino médio e propor um novo modelo, adequado à realidade goiana, que seja mais efetivo.
9. Educação de Jovens e Adultos Profissionalizante
- Fortalecimento da EJA: Oferecer para jovens e adultos que não finalizaram a educação básica uma formação mais prática e voltada para suas ambições profissionais. Estruturar a Educação de Jovens e Adultos (EJA) de forma a torná-la mais direcionada à realidade de seus alunos.
- EJA profissionalizante: oferecer o módulo profissionalizante, em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia, levando em conta as vocações municipais para a definição dos cursos.
10. Rede de Colaboração
- Portal pedagógico: estruturar portal para troca de experiências, abastecido pelos próprios professores da rede de ensino por meio de práticas de sucesso realizadas nas mais de mil escolas estaduais.
- Bancos de práticas: organizar bancos de sugestões de aulas, exercícios e práticas de gestão enviadas pelos profissionais de ensino e validadas pela equipe central da Secretaria de Educação.
- Identificar os bons exemplos: divulgar resultados e evidenciar os bons exemplos, reconhecendo as escolas, os alunos e os docentes que fazem a diferença na educação goiana.
11. Investimento em Soluções de TI para o Aprendizado
- Um computador por aluno: adquirir e oferecer aos alunos e professores laptops a serem usados nas instruções de sala de aula, utilizando parceria com o Programa UCA (Um Computador por Aluno).
- Tecnologia educacional: investir em ferramentas pedagógicas de TI para a maximização do aprendizado, como lousas digitais e programas estruturados de ensino para professores.
C - Reduzir significativamente a desigualdade educacional
A Secretaria de Educação terá como prioridade a redução do desnível do ensino dentro da rede. Mais importante do que aumentar a média de aprendizado é melhorar o desempenho dos alunos com baixo rendimento escolar. A redução da desigualdade educacional hoje significará a redução da desigualdade social amanhã.
Há diversas razões que explicam este grande desnível. Uma delas é o efeito perverso das reprovações e, consequentemente, da distorção idade-série de parte dos estudantes. Estudar em turmas com diferença significativa de idade gera desmotivação e, muitas vezes, baixo desempenho e abandono. O pilar de redução da desigualdade propõe iniciativas inovadoras para garantir o crescimento e desenvolvimento da rede de ensino com equidade e chance real de aprendizado a todos os jovens goianos.
O que a reforma propõe:
12. Programa de Suporte às Escolas Vulneráveis
- Suporte pedagógico especial: oferecer assessoria pedagógica diferenciada a essas escolas, com equipes especializadas e capacitadas por meio das melhores práticas mundiais no assunto. - Materiais de apoio ao ensino: deixar à disposição dos professores materiais de ensino estruturado, com guias de aula a aula e sugestões de exercícios. - Remuneração diferenciada: possibilitar a obtenção de bônus por desempenho maiores aos docentes desta região, incentivando os bons professores a lecionarem para os alunos que mais precisam. - Residência educacional: focar parte do programa de residência nas escolas vulneráveis, possibilitando que os estudantes tenham como tutores os novos professores da rede.
13. Redução da Distorção Idade-Série
- Esforço de alfabetização: estruturar programas para a redução geral de analfabetismo, com foco na parcela da população que deixou a escola antes de aprender a ler e a escrever.
- Programas de aceleração: oferecer programas de aceleração do aprendizado, por meio de parcerias com organizações especializadas e de ações internas da Secretaria.
14. Redução da Evasão e Reprovação
- Monitoramento em tempo real: estruturar sistema de monitoramento, por meio da internet e de outras ferramentas tecnológicas, para identificar alunos infrequentes e que apresentam comportamento de potencial abandono.
- Programas de nivelamento: prevenir as reprovações através de ações de nivelamento de conteúdo, representadas por intensivos de revisão no início de cada ano, revendo os principais tópicos do currículo, e no início do ensino médio, reforçando por alguns meses conceitos básicos das principais disciplinas.
15. Apoio às Diversidades
- Ensino especial: Goiás tem um grande histórico nesta área e a proposta é aprofundar as técnicas para o aprendizado do aluno especial.
- Educação do campo: buscar parcerias com ensino profissionalizante para o jovem do campo, permitindo uma formação mais alinhada com suas necessidades.
- Educação indígena e de demais minorias: ter atenção especial à evolução do ensino das minorias.
D - Realizar profunda reforma na gestão e na infraestrutura da rede estadual de ensino
O Governo de Goiás tem iniciado uma grande frente de meritocracia nas suas diversas instâncias. A Secretaria de Educação também acredita na importância do reconhecimento dos bons profissionais, que se esforçam e conseguem obter resultados que melhoram a aprendizagem dos alunos. A meritocracia deve ocorrer em forma de reconhecimento financeiro, por meio das bonificações, e de reconhecimento social, evidenciado os servidores que mais merecem. Este fenômeno irá gerar uma disseminação dos bons exemplos e das boas práticas, construindo um ambiente de busca pela excelência e cultivo de bons valores para a educação.
O que já foi feito
A Secretaria de Educação lançou o Programa Reconhecer, em que os professores que estiverem em sala de aula, com boa frequência, recebem uma bonificação no fim do ano, proporcional à sua carga horária, que pode chegar a R$ 2.250,00.
Foi também lançado o Prêmio Escola, iniciativa pioneira no estado que premiará as unidades escolares que obtiverem alto desempenho no IDEB 2011 e na avaliação padronizada estadual. As escolas vencedoras receberão um valor de R$ 20.000,00 por cada etapa de ensino.
O que a reforma propõe:
16. IDEGO – Índice de Desenvolvimento da Educação Goiana
Para complementar os indicadores nacionais, é importante construir um índice goiano, de frequência anual, que permita o acompanhamento mais detalhado do nosso sistema. Esta iniciativa tem o objetivo de mensurar o desempenho da rede estadual, por meio da criação de uma ferramenta própria de avaliação.
- Avaliação estadual: criar o SAEGO (Sistema de Avaliação do Estado de Goiás), a ser aplicado anualmente em toda a rede para avaliar o desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática.
- Fluxo e equidade: o IDEGO terá, em sua composição, o fluxo dos alunos, a exemplo do IDEB. O índice goiano levará em conta a distribuição de desempenho dos alunos e não apenas a média global. Quanto menor for a quantidade de alunos em condições insatisfatórias de aprendizagem, melhor estará a escola. Esta definição incentivará a atenção especial aos alunos que mais precisam.
- Fator socioeconômico: o índice levará em conta, no futuro, o fator socioeconômico no desempenho das unidades escolares.
- Satisfação dos pais e alunos: é proposta do Governo de Goiás levar em consideração a satisfação dos alunos e pais em relação ao ensino estadual.
17. Bônus para servidores
Dando prosseguimento ao Programa Reconhecer, esta iniciativa tem o objetivo de conceder bônus aos profissionais da educação por mérito, criando um ciclo virtuoso de busca pelo bom desempenho.
- Bônus progressivo: aprofundar a política de bonificação nos próximos anos, aumentando o valor do prêmio e atrelando sua distribuição ao desempenho dos alunos e a outros quesitos.
- Maior abrangência: o Programa Reconhecer irá estender os benefícios aos demais servidores das escolas, de forma a incentivar com que todos trabalhem em parceria pelo aprendizado dos estudantes.
18. Prêmio Escola
- Metas por escola: o programa consiste em definir metas ousadas que levem em conta a realidade e potencial de cada escola, gerando um incentivo justo e desafiador.
- Investimento na unidade escolar: repassar o prêmio financeiro de forma com que a escola deva investir nela mesma, seguindo parâmetros definidos pela Secretaria.
19. Poupança Aluno
- Incentivo ao bom desempenho: mapear, por meio da avaliação estadual, os alunos de bom desempenho e evidenciá-los.
- Prêmios em poupança: premiar financeiramente os bons alunos por meio de poupanças, em uma iniciativa pioneira no estado de Goiás.
20. Educadores do ano
- Reconhecimento social: evidenciar os personagens que fazem a diferença na educação goiana – alunos, professores e gestores que servirão como referência aos demais. Oferecer prêmios aos vencedores, como viagens de intercâmbio, reconhecimento na mídia e bônus financeiros.
- Valorizar o crescimento: levar em consideração não apenas o desempenho absoluto, mas também o crescimento de performance ao longo do tempo.
E - Estruturar sistema de reconhecimento e remuneração por mérito
No início de 2011, a Secretaria de Educação iniciou um diagnóstico da gestão e da infraestrutura da rede estadual, percebendo a necessidade de grandes mudanças nessas áreas. Em termos de gestão organizacional, viu-se a urgência em estabelecer um foco pedagógico na Secretaria. A maior parte das atividades era predominantemente burocrática e não era voltada ao aluno.
Na gestão financeira, foi identificado um dos maiores gargalos de toda a estrutura. Embora o orçamento tenha crescido ao longo dos anos, os gastos com folha de pagamento alcançaram quase 90% em 2010. A infraestrutura das escolas é outro problema que precisa ser enfrentado com o apoio de toda a sociedade, pois a situação requer grandes investimentos.
O que já foi feito:
- O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Educação e da AGETOP, lançou o Programa Edificar, com investimentos de R$ 6 milhões para reformas de escolas.
A gestão da Secretaria de Educação também já começou a ser modernizada. Processos foram revisados para que houvesse maior eficiência e melhor utilização dos recursos.
O que a reforma propõe:
21. Integração com os municípios
- Incentivo à municipalização: retomar gradualmente o processo de municipalização do ensino fundamental, dando o suporte necessário para que as redes municipais incorporem essas etapas do ensino.
- Diagnóstico das redes municipais: fornecer ferramentas e aplicar avaliação diagnóstica em todas as redes municipais interessadas, para que todo o Estado de Goiás tenha uma avaliação clara do nível de leitura de seus alunos no início do ensino fundamental.
- Prêmios para as escolas: premiar as escolas das redes municipais que obtiverem bom desempenho nas avaliações padronizadas.
- Material de apoio: oferecer material de suporte aos professores das redes municipais.
- Assessoria em gestão: oferecer assessoria em gestão às secretarias municipais interessadas nas práticas utilizadas na reforma estadual.
22. Excelência em Infra-Estrutura
- Processos mais eficientes: rever os principais processos ligados a construção e reforma de escolas, tornando mais ágeis os levantamentos, compras e a prestação de contas.
- Reformas: fortalecer o Programa Edificar, tendo como meta a reforma de todas as unidades escolares em estado precário.
- Pequenos reparos: estruturar equipe que realizará pequenos reparos com mais agilidade e menos burocracia.
- Parcerias com o setor privado: estimular parcerias com empresas e outras organizações de forma a potencializar os investimentos nas escolas.
23. Otimização de gastos
Para a realização da Reforma Educacional, que inclui o pagamento do Piso Salarial, investimento em infra-estrutura e nos demais processos, é preciso realizar economias e redirecionar os gastos. Esta iniciativa tem o objetivo de otimizar os gastos da educação estadual, de forma a utilizar os recursos nas áreas mais importantes.
- Racionalização de gastos: com o apoio de consultoria especializada, foram identificadas oportunidades de economia em mais de R$ 100 milhões anuais. Esta iniciativa visa aplicar estas economias em áreas como redução de temporários, reordenamento de rede, redistribuição de funções administrativas, etc .
24. Excelência em Gestão
- Eficiência nos processos: revisar e simplificar os principais processos, para ganhar agilidade e atender melhor nosso público-alvo.
- Acompanhamento do aluno: estruturar sistema que acompanhe a evolução do aluno ao longo de toda a educação básica.
- Sistema de monitoramento: implementar sistema de inteligência para monitoramento de dados em tempo real que mostre o desempenho da rede nos seus 3 níveis – secretaria, regionais e escolas.
- Boletins de transparência: elaborar boletins de desempenho para todas as esferas da rede – escolas, regionais e Secretaria, e disponibilizar para toda a sociedade.
25. Escola Modelo e Comunidade
- Foco pedagógico: revisar as atividades e atribuições nas escolas de forma a deixar claro o foco pedagógico da unidade escolar e de seus principais servidores.
- Revisão dos processos: simplificar e otimizar os processos básicos das escolas – operacionais, financeiros e pedagógicos.
- Manual referência: elaborar um manual, anualmente, contendo o modelo de funcionamento e exemplos de sucesso da própria rede, para servir de referência às escolas.
www.see.go.gov.br

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Seduc seleciona fiscais para aplicação dos Exames de EJA


Inscrições no Departamento de Exames e nas Subsecretarias
Estão abertas as inscrições para fiscal de provas dos Exames de Educação de Jovens e Adultos (EJA), que serão realizados nos dias 29 e 30 de outubro, pela manhã e à tarde, em 17 cidades.

O candidato a fiscal deve ser servidor efetivo da Seduc, ter curso superior ou estar cursando, e estar disponível para comparecer ao Curso de Formação para Fiscais, que será realizado no dia 22 de outubro, às 8 horas, nas escolas em que serão aplicadas as provas dos Exames de EJA.

Para se inscrever, é necessário apresentar cópia do RG, contracheque, certificado de conclusão de curso ou documento que comprove que está cursando o Ensino Superior.

Em Goiânia, os interessados devem procurar o Departamento de Exames da Seduc, que fica na Avenida Anhanguera, n.7.171, Quadra R1, Lote 26, Setor Oeste. No interior, os interessados devem procurar as respectivas Subsecretarias Regionais de Educação.

Pacto Pela Educação: Goiás será referência para o restante do país


Pacto Pela Educação: Goiás será referência para o restante do país (Participe das discussões: pactopelaeducacao@seduc.go.gov.br)
Secretário também destaca importância do debate com toda a sociedade
O secretário de Estado da Educação, Thiago Peixoto, afirmou, durante o lançamento das diretrizes para a reforma educacional - também denominada de "Pacto Pela Educação" -, que as medidas previstas no plano podem ser implementadas com o próprio orçamento destinado à Educação e que Goiás será referência para o restante do país com a implantação deste grande projeto em toda a rede estadual.

As mudanças propostas no bojo da reforma colocam a aprendizagem dos alunos e a valorização dos professores como prioridades. Trata-se de uma reforma abrangente que contempla todo o sistema educacional nos seus diferentes aspectos. A expectativa do governo, segundo Thiago Peixoto, é de que o conjunto de ações apresentadas possa tornar forte esse sistema educacional, com reflexos na vida de cada um dos cerca de 600 mil estudantes da rede estadual.

A execução do plano, conforme destaca o secretário da Educação, só ocorrerá após três meses de debates com a sociedade para que as propostas sejam validadas e possam se transformar num grande pacto pela educação.

Nesta breve entrevista coletiva, minutos antes do anúncio oficial das diretrizes da reforma educacional, na última segunda-feira, Thiago Peixoto falou também dos desafios que elas trazem. Confira:

Na prática, o que é este "Pacto pela Educação"?

Thiago Peixoto – Os países que conseguiram experimentar um salto de qualidade na Educação contaram com o envolvimento de toda a sociedade. Aqui em Goiás nós temos um plano de reforma educacional que precisa do engajamento de todos os goianos para que se torne realidade, para que seja realmente efetivado. Esse é nosso esforço hoje.

O que essas diretrizes da reforma trazem de novo para o sistema educacional em Goiás?

Thiago Peixoto – Esta proposta está estruturada em cinco pilares. O primeiro é a valorização e o fortalecimento dos profissionais da Educação, em especial dos professores. O segundo é o pedagógico, com medidas de grande impacto que vão alterar, pra melhor, a aprendizagem dos nossos alunos. O terceiro ponto é gestão. Nós temos que melhorar muito a qualidade da gestão nas escolas e dos serviços administrativos. Temos processos de reformas de escolas que cumprem um grande caminho burocrático. O quarto pilar trata da redução das desigualdades que existem na própria rede. Há escolas com resultados muito bons e outras muito ruins; e queremos que as ruins também se tornem ótimas escolas. O quinto pilar, que também é fundamental, é o da meritocracia. Estamos criando políticas de bonificação tanto para alunos, que receberão uma poupança, quanto para os professores, que é o bônus com base na frequência e no desempenho dos seus alunos, e também para as escolas que receberão bônus se atingirem as metas estipuladas pela secretaria. .

O que se espera é que a Educação em Goiás seja referência para o país?

Thiago Peixoto - Esse plano tem um grande diferencial. Existem muitas ações positivas no meio educacional ocorrendo em todo o país, mas não há um plano consistente, algo que pensou o todo. O nosso estado é o único que está fazendo isso, de forma abrangente, e eu acredito que seremos, sim, referência nacional.

Com que recursos esse plano será colocado em prática?

Thiago Peixoto – O principal ponto aqui é uma gestão mais qualificada dos recursos, ou seja, gastar melhor o que temos. Nós percebemos que dentro dos recursos que nós temos hoje, as propostas previstas nesse plano podem ser custeadas pelo próprio orçamento da Secretaria da Educação, bastando apenas otimizar o gasto deste recursos, aplicá-los com melhor qualidade na rede estadual.

Algumas medidas previstas neste "Pacto Pela Educação" já estão sendo realizadas há aproximadamente quatro meses. É possível fazer um balanço dessas ações?

Thiago Peixoto – Existem ações muito positivas que já estão acontecendo, como por exemplo, a escolha dos diretores, que nesta gestão tiveram que se qualificar e fazer prova antes de se candidatar. Outra ação é o fortalecimento do papel dos tutores pedagógicos, e outra iniciativa muito boa foi a Avaliação Diagnóstica, que vem aferir o aprendizado do aluno e propor formação adequada para os professores desses alunos. Enfim, são alguns exemplos de ações que fazem parte do plano e que já estão acontecendo.

domingo, 4 de setembro de 2011

A tensa relação entre famílias e escolas

"Muitos educadores e pedagogos são, na verdade, ativistas sociais em busca de uma causa. Seu objetivo é mudar o mundo, e os alunos são apenas um veículo"
O sucesso é multivitelino e o fracasso é órfão. Na educação brasileira, não é diferente. Políticos, “o sistema”, o capitalismo, as elites, a herança escravocrata: cada pessoa tem o seu vilão. Mas para os educadores brasileiros os culpados preferenciais são os pais dos alunos. Quando se perguntou, em pesquisa da Unesco, quais fatores influenciam a aprendizagem, o item campeão para os nossos professores foi “acompanhamento e apoio familiar”, mencionado por 78%. “Competência do professor” foi citado por apenas 32%; “gestão da escola”, por só 10%. Em livro de Tania Zagury, quando falam sobre a indisciplina do alunado, 44% dos mestres apontam a “falta de limite” dos alunos como causa. Outros 19% são mais diretos e atribuem o problema à “falta de educação familiar”. A inabilidade do professor não é mencionada nem como hipótese. Em outro livro, A Escola Vista por Dentro, os pais também aparecem como culpados por seus filhos não fazerem o dever de casa, para mais da metade dos professores. No questionário dos professores da Prova Brasil, mais de 80% declaram que o baixo aprendizado é “decorrente do meio em que o aluno vive”. Em estudo que deu origem ao livro Repensando a Escola, os pesquisadores escrevem o seguinte: “Chama atenção a frequência com que professores e diretores se referem à questão da família dos alunos: muito do que acontece de bom e de ruim na escola é explicado pela origem familiar. Uma pergunta do tipo ‘como você avalia o nível de leitura dos alunos da 4ª série?’ é respondida da seguinte maneira: ‘eles são fracos, não sabem ler muito bem, não gostam de ler, porque em casa ninguém incentiva’”.
É compreensível que assim o seja. O establishment educacional brasileiro culpa os pais não apenas por serem po-bres e não apoiarem suficientemente o aprendizado dos filhos — coisa que eles têm reais dificuldades para fazer, já que quase 60% têm ensino fundamental incompleto —, mas também por supostamente transferirem à escola tarefas que deveriam ser da família. A explicação é assim: nós, escola, não conseguimos alfabetizar porque precisamos devotar o tempo que seria do ensino para dar à criança tudo o que lhe falta em casa: afeto, lições de asseio, noções de respeito ao próximo e de ética, cidadania ou meio ambiente. Nossas escolas não conseguiriam realizar uma agenda “mínima” (transmitir conhecimentos e competências) porque estão assoberbadas com uma agenda máxima, que lhe seria imposta pela sociedade.
Essa leitura é duplamente esquizofrênica. Em primeiro lugar, porque os pais não defendem esse papel messiânico para as nossas escolas. Pelo contrário. Pesquisa CNT/Sensus perguntou explicitamente aos pais dos alunos da escola pública se eles preferiam uma escola que ensina a matéria e prepara profissionalmente o filho a uma escola que forma o cidadão. Venceu o grupo dos que querem o ensino das matérias e o foco no trabalho, com 56%. Em segundo, porque esses temas adicionais não são requisições da sociedade que os educadores precisam acatar. Pelo contrário. Os gera-dores das pressões para a expansão do universo escolar são os profissionais do setor. Porque muitos educadores e pedagogos são, na verdade, ativistas sociais em busca de uma causa. Seu objetivo é mudar o mundo, e os alunos são apenas um veículo. Na enquete da Unesco com os professores, “formar cidadãos conscientes” foi apontada como a finalidade mais importante da educação para 72%. “Proporcionar conhecimentos básicos” foi lembrada por apenas 9%. O resultado final da Conferência Nacional de Educação do ano passado, que filtrou as recomendações dos trabalhadores do setor, foi um documento com 677 (!) emendas aprovadas. (Este e outros documentos estão disponíveis em twitter.com/gioschpe.) É natural que o professor seja atraído à carreira pela possibilidade de conquistas que vão além do ensino. A diferença entre esses países e o Brasil é que lá a maioria dos professores entende que não há melhor maneira de “salvar” uma criança do que dando a ela ensino de qualidade. E, quando não existe essa compreensão, há governantes que arbitram compromissos entre os desejos da sociedade e dos professores em favor do bem social.
O lado mais cruel do nosso ciclo vicioso é que os pais, indiciados pelo fracasso de um sistema sobre o qual não têm responsabilidade, não apenas não se revoltam, como estão satisfeitos com a qualidade do ensino dos filhos. Em pesquisa do Inep, deram nota 8,6 à qualidade do ensino, ainda que o Ideb mostre que o ensino real não alcança a metade disso. Na CNT/Sensus, 63% deram conceito “positivo” à escola do filho e mais 31% “regular”. Se a escola é boa e o filho não aprende, então o culpado só pode ser o filho.
Completamos, assim, o circo dos horrores. As vítimas viram culpados, os aliados dos alunos viram seus algozes, aqueles que sobrecarregam o sistema são vistos como suas vítimas. Os profissionais da educação conseguiram criar o mito ideal para escapar às suas responsabilidades: não conseguem dar conta do mínimo porque a sociedade lhes exige o máximo, e não conseguem dar conta do máximo porque não há como atingi-lo quando “o meio” é tão hostil às virtudes do intelecto e da alma.
Se o país quiser prosperar, precisará de educação melhor. E, se quisermos educação melhor, precisaremos romper essas falácias e recomeçar o diálogo pais-família, baseado em premissas básicas. Primeira: num regime democrático, o povo é soberano, e cada pessoa sabe que tipo de serviço público deseja. Se a maioria da população quer uma escola que forme para o trabalho, essa é a educação que nossos governantes deveriam perseguir. A sociedade, e não os funcionários públicos, estabelece o norte. Segunda: a primeira função da escola é ensinar competências básicas, como ler e escrever. Mesmo que a sociedade venha a demandar uma educação para a formação do cidadão crítico e consciente, não é possível sê-lo enquanto analfabeto. Precisamos concordar em uma agenda mínima, a respeito da qual o insucesso, por parte da escola, é inaceitável. Terceira: algumas responsabilidades familiares são intransferíveis. Cabe aos pais dar aos filhos afeto, cuidar de sua saúde física e psicológica e transmitir-lhes noções elementares de ética e respeito ao próximo. Sim, eu sei, o mundo não é perfeito, e muitos pais — de todas as classes sociais — não cumprem com suas obrigações. Mas atenção: a falência dos pais não transfere ao professor essa responsabilidade. Seria tão absurdo transferir a professores a responsabilidade primeira por transmitir carinho e ética aos seus alunos quanto pedir aos pais que ajudem na alfabetização dos filhos. O estado tem médicos, assistentes sociais e policiais para lidar com os problemas mais graves causados pelos insucessos desses pais. Os menos graves, que afetam o foro íntimo de cada pessoa, não serão sanados por professores, mas talvez por psicólogos. Os professores não podem salvar o mundo. Primeiro porque ninguém lhes outorgou essa incumbência. E segundo porque, mesmo que quisessem, não conseguiriam. Precisamos convencer nossos professores de que transmitir os conhecimentos e capacidades intelectuais que darão ao jovem as condições de exercer plenamente o seu potencial não é um reducionismo, mas uma conquista superlativa. Como diz Felipe González, ex-premiê espanhol, “um outro mundo é possível. Mas este é manifestamente melhorável”.


Para leitura e reflexão.
fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/a-tensa-relacao-entre-familias-e-escolas

Prof. Luiz Mário

Gustavo Ioschpe

COORDENADORES PEDAGÓGICOS

Pesquisadora divulga estudo sobre perfil dos coordenadores pedagógicos brasileiros
Vera Maria Placco, da Fundação Victor Civita, esteve em Goiânia na última segunda-feira

“A função básica de um coordenador pedagógico é trabalhar diretamente com os professores, mas muitos acabam por assumir outros papéis dentro das escolas. Passam a executar um trabalho muito pesado”, comentou a pesquisadora da Fundação Victor Civita, Vera Maria Placco, que ministrou palestra para tutores e coordenadores pedagógicos da Secretaria de Estado da Educação durante o "Fórum pedagógico: novos caminhos, novos olhares". O evento foi realizado na última segunda-feira, no auditório da Celg, no Jardim Goiás, na Capital.

Vera Maria veio à Goiânia divulgar o resultado da pesquisa “O coordenador pedagógico e a formação de professores: intenções, tensões e contradições”, realizada entre março de 2010 e março de 2011, em 13 Estados brasileiros. O estudo, coordenado pela Fundação Victor Civita, em parceria com a Fundação Carlos Chagas e o Ibope, foi conduzido em duas fases: quantitativa e qualitativa.

Segundo a pesquisadora, a primeira fase trouxe informações "valiosas" sobre o que realmente pensam os profissionais que estão à frente da coordenação das escolas. Já a segunda, identificou as potencialidades e as limitações desses profissionais da Educação. "Nós vimos coordenadores - 96% eram mulheres ¬- com muitas demandas, sendo que o tempo disponível não dá para realizar todas as atividades exigidas. Esse foi o principal problema encontrado em muitos Estados. Precisamos urgentemente de políticas pedagógicas para que esses profissionais exerçam melhor as suas funções. O esforço em conjunto das esferas federal, estadual e municipal também ajudariam bastante”, ressaltou Vera.

De acordo com a pesquisadora, não basta somente oferecer programas com conteúdos teóricos sem que o estudo esteja aliado à prática pedagógica. Ela também destacou a importância de um trabalho conjunto: “É necessário um trabalho em equipe, com o envolvimento de toda a comunidade escolar”.

Empenho

Em Goiás, a Secretaria de Estado da Educação está se empenhando cada vez mais para recuperar o verdadeiro papel dos coordenadores pedagógicos nas escolas. Dois cursos de formação continuada foram oferecidos aos coordenadores que assumiram a parte pedagógica das unidades educacionais neste semestre.

O objetivo dessa ação, segundo Raph Gomes Alves, chefe do Núcleo de Orientação Pedagógica da Seduc, é reforçar a identidade e melhorar o trabalho desenvolvido por esses profissionais nas unidades de ensino. “Queremos que os coordenadores entendam sobre liderança e saibam de fato quais as suas atribuições. Existe nessa gestão, uma vontade muito grande em transformar a Educação. Estamos no caminho certo”, destacou.


Na internet

O site www.tanaweb.tv fez a cobertura do evento e transmitiu ao vivo a palestra da pesquisadora. Confira:

5º Prêmio Professores do Brasil

AS MELHORES EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO BÁSICO GANHARÃO R$5 MIL

Estão abertas as inscrições para o 5º Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação (MEC). Os professores interessados têm até o dia 15 de setembro para se inscreverem.
Para tanto, basta ter uma excelente experiência pedagógica desenvolvida em alguma escola pública, em qualquer etapa da Educação Básica.
Os melhores projetos serão premiados com R$5 mil. O MEC pretende selecionar este ano 40 boas práticas, dez de cada etapa do Ensino Básico, sendo oito por região.
As escolas onde os professores atuam também serão premiadas com R$2 mil reais em equipamentos de audiovisual e multimídia a critério das instituições.
Além do valor financeiro, os premiados receberão troféu e certificados e terão todos os custos da viagem para a cerimônia de premiação pagos pelos organizadores.
A cerimônia será realizada em Brasília em data ainda a definir. Na mesma ocasião, haverá ainda o seminário Prêmio Professores do Brasil, voltado para a troca de experiências entre os professores selecionados.
O resultado será divulgado em novembro. O regulamento já está disponível no site www.premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br, onde encontra-se também a ficha de inscrição.
Presença goiana
Na quarta edição do prêmio, realizada em 2009, foram inscritas mais de mil experiências. Desse total, 35 receberam a premiação.
Na lista dos selecionados estavam três educadoras goianas: Irene Pio Pereira e Angélica Alves Bueno, ambas de Catalão; e Wilma Lemes Ferreira, de Rio Verde.